Em 7 de setembro de 2024 comemoramos 202 anos do dia da Independência do Brasil. No Livro Crônicas de além túmulo psicografado por Chico Xavier e ditado pelo espírito de Humberto de Campo, item 13- No Dia da Pátria, explica que muitas personalidades desencarnadas, que ajudaram na organização da Independência, participam na espiritualidade das cerimônias comemorativas, porque ela representa a emancipação do coração de Jesus em nosso Brasil.
      Neste boletim de outubro/24 resolvemos relembrar essa data utilizando o embasamento teórico contido no livro Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho psicografado por Francisco Cândido Xavier e ditado por Humberto de Campos, que foi publicado em 1938.
      Lembremos que este livro retrata todo o planejamento espiritual (bastidores) realizados por Jesus e suas equipes para a implantação no Brasil da pátria espiritual do coração do planeta Terra, por isso exploraremos um pouco mais seus ensinamentos até chegar na Independência.
      O “Prefácio” foi ditado por Emmanuel protetor de Chico Xavier explicando que as informações colhidas por Humberto de Campos, vieram das tradições do mundo espiritual, onde falanges desveladas e amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios em prol da humanidade sofredora e Humberto de Campos nas páginas iniciais no ítem “Esclarecendo” explica que “Jesus transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho (toda a sua equipe), a fim de que os seus rebentos (frutos) delicados florescessem de novo, frutificando em obras de amor para todas as criaturas”.
      O que estava acontecendo no velho mundo (Europa e alguns países da Ásia Ocidental e do norte da África, para Jesus resolver mudar para o Brasil todas as suas convicções de evangelho ensinadas na Galileia aos Hebreus e depois pelo apóstolo Paulo aos gentios, viajando e implantando igrejas cristãs para disseminar o evangelho do Mestre?
      Humberto de Campos nos relata que Jesus em uma de suas visitas ao planeta Terra ficou muito desapontado e triste com tudo o que estava acontecendo com o progresso da sua Doutrina entre os homens. Ele viu que as pessoas em geral, estavam sofrendo acontecimentos muito tristes causados pelas Cruzadas, Inquisição, Guerras Feudais, além da guerra dos 100 anos que terminou com a libertação da França da Inglaterra, mas que morreu muita gente, e tudo isso ocasionou a peste negra, a fome em massa e um mundo sem esperança. Com isso, Jesus queria mudar esse quadro.
      Foi quando Hilel espírito de escol, representante mais próximo do senhor, sugere reinstalar o seu “Puro Pensamento Cristão”, dentro das linhas do Amor, da Caridade e da Liberdade, em um novo continente, em novas terras, onde através de Espíritos, simples e jovens, a sua Doutrina seria “Revivida em Toda a sua Pureza”. Jesus aceita o convite para conhecer o local e rapidamente se deslumbra com a Terra de Santa Cruz (a costa do Nordeste brasileiro) e ficou muito emocionado com a beleza das terras, erguendo os braços e pedindo as bênçãos de Deus dizendo: “Para esta terra maravilhosa e bendita transportarei a árvore do meu Evangelho de Piedade, de Luz e de Amor. Aqui todos os povos da Terra aprenderão a Lei da Fraternidade Universal. Sob estes Céus serão entoados as hosanas mais ternas à misericórdia do Pai Celestial”.
       A presença marcante de Jesus em nossas terras, como diz Emmanuel: “A missão do Brasil passa a partir dali, não somente suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, permitir ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada para ser considerado o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro”.
       Assim, coube a Ismael o grande espírito de luz designado por Jesus para ser o governador espiritual do Brasil a responsabilidade de conduzir essa nação para a emancipação de Portugal e o tempo passou e muitas almas reencarnaram e desencarnaram nesses períodos.
      Dividindo a história por enquanto passamos por: Pré-Descobrimento (até 1500), Colônia (1500 a 1822), Império (1822 a 1889), República (de 1889 a aos dias atuais) e sabemos que muito ainda temos que fazer para diminuir nossos carmas coletivos (principalmente pelo lado da escravidão) e ajudar a transformação da Terra num planeta de Regeneração.
      E no ano de 1820, aproveitando a revolução constitucionalista em Lisboa e no Porto. Os colaboradores invisíveis, animaram a família real a ficar no Brasil e com um decreto do soberano D João VI pai D Pedro I resolveu cumprir a constituição da Junta Revolucionária de Lisboa. É então que a personalidade espiritual de Tiradentes o mártir da Inconfidência Mineira, procura Ismael, solicitando-lhe conselho, para a solução do problema da independência:
     — Anjo amigo, não será agora o instante decisivo para nossa atuação? Tiradentes desde a Inconfidência Mineira sempre teve o espírito nacionalista, de liberdade de Minas Gerais contra o domínio Portugues.
     — Ismael pondera: Cerquemos o coração do príncipe D Pedro I, de claridades fraternas da nossa assistência espiritual.
      O príncipe, porém, considerando as tradições e laços de família, hesitava em optar pela decisão de se separar da direção da metrópole, mas diante da massa do povo do Brasil e com a assistência espiritual dos companheiros de Ismael, que o incitavam a completar a obra da emancipação política da Pátria do Evangelho, contra todas as determinações das Cortes de Lisboa, para o bem da coletividade resolveu agir. Estava, assim, proclamada a independência, com a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa.
       Com essa decisão, os mensageiros espirituais se reuniram sob a direção de Ismael, para escolher uma data que assinalasse no futuro essa liberdade indestrutível e pede a Tiradentes para acompanhar D. Pedro I em seu regresso ao Rio e, depois, a São Paulo para o grito supremo de liberdade, entretanto, uma carta endereçada a D Pedro I, dava novas imposições das Cortes de Lisboa à família real.
Porém, sem suspeitar da inspiração que vinha de Tiradentes, que velava pela grandeza da pátria, não teve dúvida. Nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última declaração, ele deixa escapar o grito de “Independência ou Morte!”.
       Eis por que a data de 7 de Setembro ficou registrada na história oficial e passou para a memória da nacionalidade inteira como o Dia da Pátria e data da sua liberdade, porém já estava realizada desde 1º de agosto de 1822, através da Carta aberta à população brasileira promulgando a Independência.
Ismael, leva ao conhecimento de Jesus e solicita o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a Pátria do Evangelho. O Senhor observa que precisava de um novo emissário que pudesse auxiliar na organização política e social do país, então chama Longinus (soldado que transpassou a lança em Jesus quando estava pregado na cruz) e diz com bondade:
      — Longinus, minha assistência misericordiosa tem velado constantemente pelo destino desta nação, inspirando Ismael e seus companheiros a conseguir evitar saques e roubos das riquezas territoriais pelas nações ricas e poderosas. Observe a configuração geográfica do país, representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva. Você sente a força para cumprir a missão na Pátria do Evangelho?” Porque, se for cumprida, constituirá a tua última romagem pelo planeta escuro da dor e do esquecimento.
      Senhor, é com alegria, que recebo vossa incumbência para trabalhar na terra generosa, seja qual for o género de serviços que me forem confiados.
Então, serás o imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita maioridade, como nação.
      Assim, Longinus se preparou para voltar à Terra, e, no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de Janeiro, nascia de D. Leopoldina, a esposa virtuosa de D. Pedro I, aquele que seria o grande imperador e seria o maior de todos os republicanos de nossa pátria, como D Pedro II.
      Como é importante estudarmos obra mediúnicas que nos esclarece a mente, através da luz da Doutrina Espírita, pois temos nossas missões através primeiro da consciência que damos ao nosso lar, aos nossos filhos, ao nosso cônjuge, a nossa mediunidade e todos aqueles que fazem parte de nossa família material e espiritual na esperança de um mundo melhor e devemos estar atentos às responsabilidades planejadas desde antes de nascermos.