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Trouxemos para o boletim de junho/25 uma reflexão sobre o tema Sono e Sonho, com o intuito de esclarecer as fases do sono e como o espírito se comporta na situação da emancipação da alma e no funcionamento dos devaneios, à luz da Doutrina Espírita, para sanar ou diminuir as dúvidas a esse respeito.
Consultando o livro Obras Póstumas-Manifestações dos Espíritos- Emancipação da Alma é nos explicado que:
…(“)só o corpo físico repousa durante o sono, o Espírito não dorme; Ele aproveita do repouso do corpo e dos momentos em que a sua presença não é necessária, para agir separadamente e ir onde quer.(“)
O sono acontece quando o corpo entra em repouso para uma recomposição física, nesse momento inicia-se um princípio de “desencaixe da alma”, ou seja, afrouxam-se os laços fluídicos que prendem o espírito à matéria e com o cordão fluídico parcialmente liberado a alma pode distanciar-se do corpo físico e recuperar sua origem através das faculdades espirituais. Podendo até reconhecer-se como ser imortal, ver com clareza a finalidade de sua existência atual e lembrar do passado.
Observamos que a amplitude dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do Espírito.
Dessa forma, a alma desprendida do corpo inicia a produção de devaneios ou sonhos em suas variadas formas que podem ser divididos em três categorias, conforme explica Leon Denis no livro O Invisível:
Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília; o sofrimento em geral e, particularmente, certas enfermidades.
Em segundo lugar, quando é possível o desprendimento do Espírito, aumentam a incoerência e a intensidade dos sonhos, porque flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo; mergulha no oceano de pensamentos e imagens, de vidas anteriores, tanto mais vivas e completas, aprofundando cada vez na memória.
No terceiro momento, são sonhos profundos, o espírito subtrai a vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade, onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais. Ele vai ao encontro das almas humanas, desprendido da carne durante o sono, com as quais estabelece conversa, pensamentos e desígnios.
Martins Peralva no livro Estudando a Mediunidade classifica os sonhos da seguinte forma:
Sonhos comuns: repercussão de disposições físicas ou psicológicas; o Espírito é envolvido na onda de pensamentos que lhe são próprios.
Reflexivos: Exteriorização de impressões e imagens arquivadas no cérebro; o Espírito tem relação com fatos, imagens, paisagens e acontecimentos remotos, desta vida e de outras.
Espíritas: Atividade Real e efetiva do Espírito durante o sono; o Espírito se encontra com parentes, amigos instrutores, inimigos e demais seres que têm ligação espiritual.
Bom, cada um de nós, após uma noite de sono, tem a percepção de que quando acorda no dia seguinte teve alguns sonhos e que durante o dia poderá acontecer alguma coisa boa ou má como reflexo do sonho da noite anterior e ao passar o dia pensando nisso, vamos aguardando com ansiedade a possibilidade daquela situação ser concretizada.
Léon Denis e Martins Peralva, nos explicam que o sonho que tivemos na noite anterior foi filtrado pela nossa mente, em virtude de preocupações do dia a dia, por imagens arquivadas no cérebro, desta vida ou de outra e mesmo por encontros com espíritos afins.
O médium em sonho por exemplo, pode se ver também participando em reunião mediúnica na Casa Espírita e no trabalho de desobsessão no plano espiritual e depois pela manhã lembrar do ocorrido.
Concluindo, a Doutrina Espírita nos esclarece que quando estamos agitados e um pouco desequilibrados espiritualmente, deixamos brechas em nossa mente para que sintonias de fluídos deletérios possam atuar e obsediar a alma, permitindo até que espíritos possam atuar sobre nós, sugestionando os pensamentos.
Jesus nos ensinou a vigiar e orar para não cair em tentação.
Então, a oração antes de dormir é uma parte importante para nos colocar em sintonia com a espiritualidade, pois serve como um antídoto contra os maus pensamentos e sintonias desajustadas e ajuda a sermos instrumentos dos bons espíritos no trabalho de auxílio aos espíritos menos favorecidos.
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No capítulo 3- Evangelho Segundo o Espiritismo- Há muitas moradas na casa de meu Pai – Instruções dos Espíritos item – Mundos inferiores e mundos superiores. Os Espíritos explicam que para definir se o mundo é inferior ou superior é preciso primeiro observar a população que encontra-se estagiando nele, porque um mundo pode ser inferior ou superior supondo que tenha homens no grau das raças selvagens, ou de nações bárbaras que ainda se encontram em sua superfície e que são os restos do seu estado primitivo, por isso a qualificação de mundos inferiores e superiores é bem relativa e não absoluta; e continuam:
…(“) Entre esses graus inferiores e os mais elevados há inumeráveis escalões, e nos Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, tem-se dificuldade em reconhecer aqueles que animaram esses seres primitivos, da mesma forma que, no homem adulto, tem-se dificuldade em reconhecer o embrião…(“)
Emmanuel no livro O Consolador pergunta 72- Existem planetas de condições piores que as da Terra?
Resposta: Existem orbes que oferecem piores perspectivas de existência que o vosso e, no que se refere a perspectivas, a Terra é um plano alegre e formoso de aprendizado. O único elemento que aí destoa da Natureza é justamente o homem, avassalado pelo egoísmo.
Observamos então que quando Jesus no Ev. João cap XIV vers 1,2,3 disse:
“Que vosso coração não se turbe. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, eu já vos teria dito, porque eu vou para preparar o lugar e depois que eu tenha ido e que tenha preparado o lugar, eu voltarei e retomarei para mim, a fim de que lá onde eu estiver aí estejas também.”
Essas palavras então soam de esperanças e de confiança nas palavras de Jesus que nos faz acreditar que outros mundos se encontram no universo para nos abrigar após o desencarne. Entretanto, dependerá do estado feliz ou infeliz que o Espírito estiver na erraticidade, ou seja, se o Espírito encontra-se um pouco mais desligado das coisas materiais, as sensações que se experimentará, as percepções que possuirá, variarão ao infinito, pois enquanto uns não podem se distanciar da esfera em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos.
Concluindo, devemos ter a certeza os espíritos encarnados sobre esse mundo, não estão ligados indefinidamente, e não cumprem nele todas as fases de evolução que devem percorrer para atingirem a perfeição relativa e terminar suas etapas de progresso. Existem outros mundos mais avançados onde encontram-se na qualidade de Espíritos puros, que são aqueles que conseguiram deixar para traz na sua marcha evolutiva, a chaga do orgulho e do egoísmo.
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O livro sugerido para este mês de junho/25, chama-se O Cérebro Triuno dos autores Dra.Irvênia L.S. Prada, Dr.Décio Iandoli Jr. e Dr.Sérgio L.S. Lopes da AME-Editora.
Nessa obra construída com muita responsabilidade e amor os autores tiveram o cuidado de entender primeiro os esclarecimentos prestados pelo mentor Calderaro no livro No mundo maior, do Espírito de André Luiz psicografado por Francisco Cândido Xavier que dizia:
“o cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva, para a espiritualidade humana”.
Essa afirmativa levou os autores entenderem primeiro que nossa mente se organizou à maneira de uma casa de três andares, sendo cada um deles interagindo com uma da três partes que estruturam o cérebro, como passado, presente e futuro interagindo respectivamente com instintos e automatismos, esforço e vontade e ideais e metas a serem atingidos, daí a necessidade da opção pela expressão “cérebro triuno”, conforme explicado na apresentação do livro pela Dra. Irvênia.
A primeira parte da obra foi desenvolvida pela Dra Irvênia relativo à Filogenia e a Ontogenia do cérebro, bem como às características anatômicas e funcionais de cada uma das três formações cerebrais: o cérebro inicial, o intermediário e o lobo frontal.
Na segunda parte, o Dr Décio desenvolve os princípios da Neurofisiologia transdimensional cujas hipóteses sobre as relações funcionais entre o cérebro e a mente, incluindo um estudo sobre a glândula pineal e suas funções e relação mente-corpo.
Na terceira parte, o Dr Sérgio inclui reflexões sobre a conexão entre as Leis Morais, estudadas por Kardec na terceira parte do Livro dos Espíritos com os três andares da casa mental e o cérebro triuno.
É um estudo muito profundo com bases científicas, filosóficas e morais que permite ao leitor aprofundar ainda mais seus conhecimentos tendo como base para reflexão os bons livros da Seara Espírita que dará o arcabouço e bagagem necessária para vivenciar o amor ao semelhante de acordo com as palavras dos bons espíritos:
“que visem o bem, e para o bem de todos!”
Ótima leitura
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A Diretoria do Centro Espírita Luz da Humanidade convida a todos que ainda não se filiaram ao quadro associativo, para participarem dessa campanha, unindo esforços para a manutenção da Casa.
Isso permite que todos aqueles que venham buscar atendimento, continuem a receber o “conforto” físico e espiritual que a Casa oferece, e num futuro possam fazer parte também da nossa equipe de trabalho.
O sócio contribuinte tem acesso às obras espíritas do acervo de livros da nossa biblioteca, constituído de romances, livros de estudo e o próprio Pentateuco de Allan Kardec. Pesquise pelo site nossa lista e escolha qual mais lhe interesse para leitura.
Para se associar você pode clicar aqui para preencher a ficha online ou converse com o voluntário da recepção de qualquer de nossos trabalhos, preenchendo a ficha com seus dados e fazendo sua contribuição mensal do valor que lhe for conveniente, tendo acesso também ao nosso grupo do whatsapp.
O Centro Espírita Luz da Humanidade agradece sua valiosa contribuição e lhe deseja um abraço fraterno.
Este boletim é uma publicação mensal do Centro Espírita Casa Luz da Humanidade que visa oferecer aos colaboradores, frequentadores e participantes através de leitura ou por áudio informações interessantes na forma de artigos à luz da Doutrina Espírita.
EXPEDIENTE:
Centro Espírita Casa Luz da Humanidade
Av. Dr. Arlindo Joaquim de Lemos, 864
Vila Lemos, Campinas – SP
Direção: Daniel Grippa e José Ricardo Oppermann.
Colaboraram nesta edição: Floriano Farina, Miriam Maino Farina e Ivan Farina
Mais informações pelo email
dfg@dfgempresarial.com.br
www.casaluzdahumanidade.com.br
Os artigos, aqui publicados, poderão ser reproduzidos parcial ou integralmente desde que citada a fonte. As imagens e fotos não devem ser copias podendo estar protegidas por direitos autorais e/ou de imagem.
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Havia um homem muito rico, que possuía muitas terras. Centenas de escravos trabalhavam nelas.
Grandes e muitas eram as plantações de trigo. Muito bem preparados eram também os campos em que os escravos cuidavam da cultura do centeio, da cevada e da ervilhaca. Os vinhedos se estendiam pela planície imensa. E os pastos verdes, onde os rebanhos se multiplicavam, iam até as montanhas distantes…
E cada vez mais o homem se enriquecia. Exportava seus produtos para os países vizinhos. Os mercadores de Tiro, e Sídon, de Esmirna e de Damasco estavam sempre em sua casa, realizando e combinando grandes negócios…
O rico fazendeiro havia mandado construir grandes depósitos para suas colheitas. Mas, os celeiros, embora enormes, já eram insuficientes para armazenar os frutos de seus campos de cultura…
Um dia, ele pensou: “Que farei? Os celeiros já estão pequenos… Não tenho mais onde recolher tantos frutos…”
E preocupado com suas colheitas, cada vez maiores, resolveu derrubar os celeiros e construir outros muito maiores…
Mandou chamar os melhores construtores do país e foram edificados vários celeiros gigantescos.
E o grande agricultor ficou satisfeito quando contemplou, finalmente, as novas e imensas construções em sua rica e bem cuidada fazenda. Agora estava tranquilo. Os celeiros eram enormes e neles caberia toda a produção de seus campos…
Disse aos amigos, aos construtores e aos servos:
Agora poderei viver tranquilo muitos anos…
Os celeiros podem armazenar todas as colheitas e tão cedo não será preciso aumentá-los. Posso agora, finalmente, viver sossegado e pensar somente na exportação dos produtos…
E à noite, muito satisfeito, antes de deitar-se, ao invés de orar, raciocinava e dizia a si mesmo: “Ó alma! Tens em depósito muitas riquezas, para muito e muitos anos! Descanse, come, bebe, alegrete…”
E o rico deitou-se, muito orgulhoso de sua fortuna, confundindo corpo e alma, tão grande era sua ignorância das coisas espirituais…Deitou-se sem um pensamento para Deus. Só imaginava que poderia, daquele dia em diante, viver sem preocupações, pois teria riquezas acumuladas para muitos anos…
Assim pensava o rico, mas, Deus pensava de outra maneira.
O rico pensava que era inteligente, mas Deus achava que ele era simplesmente um homem sem juízo…
E nessa mesma noite, após a inauguração dos celeiros e os pensamentos de orgulho do rico, Deus disse: Insensato, esta noite tua alma será chamada; e o que tanto juntaste para quem será?
E sem que ninguém soubesse como, nem a que hora, nessa noite o rico morreu, sem um gemido e sem uma prece, no seu leito luxuoso…
Seus planos de tranquilidade para o futuro foram inúteis. Ele não sabia que o futuro pertence somente a Deus… De nada lhe valeram os celeiros recheados de frutos e cereais. Inútil foi juntar tanto riqueza, sem nunca haver pensado em Deus nem nas necessidades do próximo. Morreu sem fé e sem humildade no coração. Suas riquezas de nada lhe valeram na Pátria Espiritual, porque ele nunca as utilizou para o bem dos outros. O que tem valor na Eternidade ele não possuía, porque nunca havia juntado “tesouro no Céu”, mas somente na terra…
“Assim é aquele – diz Jesus, terminando a Parábola – que, para si, junta tesouros e não é rico para com Deus”.
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Compreendeu, filhinho, a Parábola do Rico Insensato?
Ele era um homem avarento: só pensava em juntar riquezas materiais. Só se preocupava em aumentar sua fortuna. Nunca pensou que pudesse ser chamado para a Eternidade, repentinamente. É que ele só confiava no dinheiro. Não pensava em Deus, nem na vida futura, nem nas necessidades dos pobres e dos escravos de sua fazenda. O poder que governa o mundo está nas mãos de Deus, mas, ele pensava que estava na força do seu dinheiro.
Que resultou dessa insensatez, dessa grande falta de juízo? A morte o colheu de repente e seu espírito penetrou no Mundo Invisível nas piores condições, cego e sem luz. Sabe por que? Porque não se preparou espiritualmente para a existência no Além; porque, não havia bondade em seu coração, nem possuía fé em Deus, nem conhecia as leis da Vida Superior.
Triste destino, não acha?
Que a história do rico sem juízo e avarento mostre ao seu coraçãozinho, desde agora, aquilo que Jesus ensinou ao povo, quando contou esta parábola:
é preciso evitar toda a avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância das coisas que possui.
Que você, filhinho, aprenda a ser rico para com Deus. E há de ser, se em lugar da avareza, você cultivar a caridade; se em lugar de riquezas ilimitadas, você buscar enriquecer-se de conhecimento das leis divinas. Assim, você praticará a vontade de Deus, agora e mais tarde, quando você crescer…
Que você seja rico, muito rico mesmo, de fé, de humildade, de amor fraterno, de esperança, de espírito de serviço, de pureza. Essas são as riquezas de Deus, que valem neste mundo e no mundo futuro – na Eternidade.
Fonte
Livro: Histórias que Jesus Contou
Autor: Clóvis Tavares
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A dica de leitura do boletim de junho/25 é o livro O menino espantado da autora Adriana Ferreira Borges com ilustrações de Jayres Gomes da Editora Aliança.
É uma obra infanto-juvenil que desperta no leitor curiosidades e entendimento do mundo espiritual de forma simples e acolhedora.
A história começa mostrando um menino que acorda assustado e sai de seu quarto correndo e se dirige para o quarto de sua mãe para relatar que ao acordar de manhã, havia uma pessoa de pé ao lado de sua cama de olhos contrariados, fazendo careta para ele.
No desenrolar da trama sua mãe muito carinhosa inicia um diálogo educativo com ele incluindo os conhecimentos adquiridos do lado espiritual, com uma grande parcela de emoção e amor, que o menino entende no primeiro momento da necessidade de ser caridoso com todos os semelhantes que interagem com ele com respeito misericórdia.
O livro é muito bem colorido e escrito de forma fácil e cativante que chama a atenção das crianças e jovens do começo ao fim, pois as imagens são bem coloridas e prendem atenção de quem lê.
O final é muito interessante pois traz a importância de desenvolver a mediunidade de forma organizada num local apropriado que permita estudar e adquirir bagagem e amadurecimento para praticar o mandato mediúnico que foi dado por Deus.
Espero que gostem!!!
Ótima leitura!